domingo, 5 de julho de 2009

ORIGAMIS E LITERATURA



Fui convidada a participar de uma oficina de Origami e lá estive no dia de ontem. Impressionante como este desenvolvimento de raciocínio traz à tona toda percepção que o indivíduo necessita, suas capacidades e a vontade de vencer seus limites. Essa arte de dobrar (Ori) papel (Kami) vem sendo praticada desde muito tempo. Com a pratica desta arte são trabalhados o potencial pleno de cada sujeito, enfatizando a paciência, a observação, a persistência, a meticulosidade, a concentração e atenção, a autoconfiança, o esforço pessoal, a coordenação motora fina, e principalmente, a criatividade.
Entre uma dobradura e outra, fiquei a pensar como esta prática deve ser incentivada dentro das salas de aulas, independente da matéria em questão.
Antigamente, fazíamos maquetes, lembro que meus alunos fizeram Os Sertões, de Euclides da Cunha, para narrar a saga de Antonio Conselheiro na Guerra de Canudos, em 1897 e outros fizeram jogos para o computador. Se fosse hoje teríamos feito via Origamis. Imaginei Don Quixote sendo ilustrado por Origamis, primeiro o resumo da obra, depois a análise de cada grupo, que genial seria esta ligação entre as artes. Outra situação que pensei seria a visitação em hospitais, asilos e montar, via Origami, desenvolvendo na prática, nada de levar pronto, o cenário respectivo a idade desses senhores e fazer com que eles também aprendam a sentir o papel e trazer da imaginação a construção real do que pensaram sobre as suas épocas.
Claro, um pensamento lança-nos para outro, podemos fazer um cardume com todos membros da família dos peixes e os pequenos precisam ter característica do pai ou da mãe. Infinitamente, podemos trabalhar com os Origamis.
A medida que o tempo ia passando e as dobraduras aumentando minha mente ia se complicando, não pelas dobraduras, mas justamente pela desconstrução física e mental que praticava. A minha frente estava uma senhora e tentávamos fazer uma caixinha com divisória, e a medida que trocávamos ideias sobre as dobras, ficava olhando para ela e imaginando, deveria ter entre 75 e 80 anos, como seria bom se os programas para a terceira idade incluíssem oficinas de Origamis para os idosos. E, confesso, a memória dela muito melhor que a minha, deve ser a pratica do Origami !
Para área de exactas nem preciso comentar uma vez que tudo se dá pelo raciocínio lógico.
Num pensamento maior, imaginei tudo em Origami, inclusive uma biblioteca para os pequenos, afinal tanto papel neste mundo, tantas pessoas, tantos desenhos, tantas letras, tantas crianças nas ruas, tantos idosos abandonados...

Um comentário:

  1. Faço questão que vc venha participar da minha oficina de origami tb, será no próximo dia 09/08, que sintonia fina essa nossa...rsrs
    Te amo !
    Bjs
    Bia

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