terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Que venha 2012 - Feliz tudo !


A todos um Feliz tudo, de tudo e por tudo.

A propósito.... "o que você quer ser quando crescer?

Que venha 2012, é bem por ele que estamos esperando, mas não sentados e nem em pé. Esperamos em movimento, com olhar em cada acontecimento para colher o que é nosso !

Obrigada a todos pelo caminho trilhado !

"Posso te dar três conselhos? - SONHE, ERRE e AME AO PRÓXIMO NA MESMA PROPORÇÃO QUE TE AMAS".

2012  =  2+0+1+2  =  5 ou 23 ou 32 ou 41 ou 14 ou 115, escolha o seu número e calce ou descalce o seu par.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Smile - Charlie Chaplin - Feliz Natal !!!



Smile quando você for a graça;
Smile quando só a poeira sobrar;
Smile quando o teu passo fugir do compasso;
Smile quando teu peixe for o menor;
Smile quando perderes o equilíbrio;
Smile quando pensarem que teu riso é o desequilíbrio;
Smile quando teus olhos brilharem....ou chorarem;
Smile quando estiveres perdido;
Smile quando fores encantador;
Smile quando precisares te esconder;
Smile quando a raiva e a alegria te vierem;
Pule muito alto e Smile, Smile, Smile....
Smile, ande às voltas, dance, Smile;
Smile quando tiver só ou a dividir o caminho;
Smile quando pensares que o mundo é teu;
Smile com, na, para criança;
Smile da vida, para vida e com a vida.

Smile e Feliz Natal ! - Gislaine Becker

terça-feira, 22 de novembro de 2011

"Minha Querida Inês" por Margarida Rebelo Pinto



"Minha Querida Inês" é a mais nova obra da escritora Margarida Rebelo Pinto, com género narrativo e caracterizado como romance histórico.

Antes mesmo da crítica penso que vale a pena as palavras da autora.

Boa leitura :) Uma viagem no tempo com um olhar contemporâneo.

Criar/Resgatar a disposição à Leitura



CRIA







LITER



DE

AÇÃO


ATURA




AULA


Quando me refiro a criação/resgate a disposição à leitura, essa ideia vem ao entendimento de que a formação de leitores dá-se ao longo da vida do sujeito e não em um momento específico de doze anos escolar. Todavia, acredito que esses doze anos podem firmar essa formação de leitores, justamente, pelas diversas possibilidade e métodos criativos de aprendizagem ao prazer textual.


Entretanto, não é isso que vem acontecendo, na grande maioria, ao ensinamento da disciplina de Literatura, uma vez que a escola cada vez mais não forma/agrega um número maior de leitores.


Mas, será que este sério fator de transformar a aula de Literatura em um momento desmotivador à leitura (ao próprio conteúdo que precisa ser ministrado) tem a ver com a perspectiva educativa dos professores dentro do ensino da Literatura ou será que estamos diante de uma geração de jovens totalmente desmotivados por natureza? A segunda hipótese parece-me cair por terra quando percebo que estes jovens estão ligados ao mundo que os interessa e que quando incentivados conseguem responder a qualquer estímulo, desde que este incentivo corresponda às suas expectativas e consequentemente tenha uma ligação a sua vida. Esta afirmação vem ao encontro da certeza de que todo aluno, em lato sensu, tem uma pré-disposição natus em aprender para um stricto sensu.


Certamente, que não preciso tecer a respeito da importância da arte (nesse caso da arte da escrita/Literatura) para a formação social do indivíduo e todos seus benefícios, mas a sensação que tenho é que o sistema educacional, centrado na escola, não tem interesses em formar leitores via o próprio conteúdo literário que precisa ser ministrado. Ainda, a sensação que tenho é que o sistema educacional anda no sentido contrário as expectativas dos nossos alunos, com métodos dos séculos XIX e XX para ensinar alunos do século XXI.

sábado, 19 de novembro de 2011

Lista de Livros - Por Lúcia N. Ermetice



Lúcia escreveveu-nos e acrescentou em nossa lista alguns livros que ela gosta muito. São eles:


  • A Cidade e as Serras - Eça de Queirós;

  • As Vinhas da Ira - John Steinbeck;

  • O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder;

  • Livro do Desasossego - Fernando Pessoa;


  • Incidente em Antares - Érico Veríssimo;


  • Rua Principal - Sinclair Lewis.

Obrigada Lúcia !

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os Sete Saberes de Morin




Edgar Morin apresentou, em 2003, o que ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional.



1º Saber - Erro e ilusão


Não afastar o erro do processo de aprendizagem. Integrar o erro ao processo, para que o conhecimento avance.
- A educação deve demonstrar que não há conhecimento sem erro ou ilusão. - Todas as percepções são ao mesmo tempo traduções e reconstruções cerebrais a partir de estímulos ou signos, captados e codificados pelos sentidos. - O conhecimento em forma de palavra, ideia ou teoria, é fruto de uma tradução/reconstrução mediada pela linguagem e pelo pensamento; assim conhece o risco de erro. - Sendo o conhecimento tradução e reconstrução, admite interpretação pelo indivíduo; assim terá a forma de cada um, e conforme cada um vê o mundo. - Não se pode e não se deve separar os sentidos humanos ao conhecimento visto que a afectividade pode asfixiar o conhecimento, mas também fortalecê-lo. -



Não há um estado superior da razão que domina a emoção, mas um circuito


intelecto «-» afecto


que assim contribui para o estabelecimento de comportamentos racionais. - Existe um mundo psíquico independente, onde fermentam necessidades, sonhos, desejos, ideias, imagens, fantasias e este mundo influencia a nossa visão e concepção do mundo. - A racionalidade é o melhor guarda–costas da razão. Com ela nos é permitido distinguir o real do irreal, o objectivo do subjectivo, etc. Mas também a racionalidade para ser racional deve estar aberta a todas as possibilidades de erro - caso contrário passa a ser uma racionalização dos nossos conhecimentos ou seja, o que pensamos estar correcto e ser racional, como não o pomos à prova de erro, torna-se a racionalização desse pensamento, ideia ou teoria. Fecha-se em si mesmo. A racionalidade é aberta - ao contrário da racionalização, que se fecha em si mesma.



2º Saber - O conhecimento pertinente
Juntar as mais variadas áreas de conhecimento, contra a fragmentação. Para que o conhecimento seja pertinente, a educação deverá tornar evidentes:
O contexto
O global
O multidimensional
– o ser humano é multidimensional: é biológico, psíquico, social e afectivo. A sociedade contém dimensões históricas, económica, sociológica, religiosa.
O complexo – ligação entre a unidade e a multiplicidade.
A educação deve promover uma inteligência geral apta a referir-se ao complexo, ao contexto, de forma multidimensional e numa concepção global. Quanto mais poderosa for a inteligência geral, maior é a sua faculdade de tratar problemas especiais.
A antinomia – os progressos do conhecimento estão dispersos, desunidos, devido à especialização que quebra os contextos, as globalidades e as complexidades. Os problemas fundamentais e os problemas globais são evacuados das ciências disciplinares, perdem as suas aptidões naturais tanto para contextualizar os saberes como para integrá-los nos seus conjuntos naturais. A debilitação da percepção do global conduz à debilitação da responsabilidade (cada um só se responsabiliza pela sua tarefa especializada) e à debilitação da solidariedade (já ninguém sente vínculos com os concidadãos).
A disjunção e especialização fechada – a hiperespecialização – impede-nos de ver tanto o global como o essencial, e de tratar correctamente os problemas particulares, que só podem ser apresentados e pensados num contexto. A cultura geral incita à busca da contextualização de qualquer ideia; a cultura científica e técnica disciplinar parcela, desune e compartimenta os saberes, tornando cada vez mais difícil a sua contextualização. A divisão das disciplinas impossibilita colher o que está tecido em conjunto – o complexo.
A redução e disjunção – o princípio da redução conduz a uma diminuição do conhecimento de um todo, ao conhecimento das suas partes, como se a organização de um todo não produzisse qualidades ou propriedades novas em relação às partes, consideradas separadamente. Conduz à redução do complexo ao simples, à eliminação de tudo aquilo que não seja quantificável nem mensurável. A redução, quando obedece estritamente ao postulado determinista, oculta o risco, a novidade, a intenção.
A falsa racionalidade – o século XX viveu sob o reino de uma pseudo racionalidade, que se presumiu ser a única, mas que atrofiou a compreensão, a reflexão e a visão a longo prazo. A sua insuficiência para tratar os problemas mais graves constituiu um dos problemas mais graves para a humanidade.



3º Saber - Ensinar a condição humana
Não somos um algo só. Somos indivíduos mais que culturais - somos psíquicos, físicos, míticos, biológicos, etc.
A educação do futuro deverá ser um ensino primeiro e universal centrado na condição humana. O humano permanece cruelmente dividido, fragmentado, enuncia-se um problema epistemológico e é impossível conceber a unidade complexa do humano por intermédio do pensamento disjuntivo, que concebe a nossa humanidade de maneira insular, por fora do cosmos que o rodeia, da matéria física e do espírito do qual estamos constituídos, nem tão pouco por intermédio do pensamento redutor que reduz a unidade humana a um substrato bio – anatômico. - Enraizamento – desenraizamento - embora enraizados no cosmos e na esfera viva, os humanos desenraizaram-se pela evolução. - Condição cósmica/condição física/condição terrestre/condição humana. Somos ao mesmo tempo seres cósmicos e terrestres. Somos resultado do cosmos, da natureza, da vida, mas devido à nossa própria humanidade, à nossa cultura, à nossa mente, à nossa consciência, tornámo-nos estranhos a este cosmos do qual fazemos parte. Evoluímos para além do mundo físico e vivo. È neste mais alem que se opera o pleno desdobramento da humanidade. - A unidualidade – o homem é um ser plenamente biológico, mas senão dispusesse plenamente da cultura seria um primata do mais baixo nível. O homem só se completa em ser plenamente humano pela e na cultura. Não existe cultura sem cérebro humano, mas não há mente ou seja, capacidade de consciência e de pensamento sem cultura. A mente é uma emergência do cérebro, que suscita cultura, a qual não existiria sem cérebro.Uma outra face da complexidade humana que integra a animalidade na humanidade e a humanidade na animalidade. As relações entre a razão/afecto/impulso não são só complementares, mas também antagonistas admitindo os conflitos entre a impulsividade, o coração e a razão. A racionalidade não dispõe do poder supremo - Indivíduo/sociedade/espécie – o desenvolvimento verdadeiramente humano significa desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do e do sentido de pertença à espécie humana. A educação do futuro devera velar para que a ideia de unidade da espécie humana não apaguea diversidade e que a diversidade não apague a unidade. Todo o ser humano traz geneticamente em si a espécie humana e implica geneticamente a sua própria singularidade anatómica, fisiológica, todo o ser humano traz em si cerebral, mental, psicológica, afectiva, intelectual subjectivamente caracteres fundamentalmente comuns e ao mesmo tempo, tem as suas singularidades cerebrais, mentais, psicológicas, afectivas, intelectuais, subjectivas. A cultura mantém a identidade humana, no que ela tem de específico: as culturas mantêm as identidades sociais no que elas têm de específico. O ser humano é complexo e traz em si de forma bipolarizada os caracteres antagónicos: racional e delirante; trabalhador e jogador; empírico e imaginário; ecónomo e delapidador; prosaico e poético da mesma maneira a educação deveria mostrar e ilustrar o destino de múltiplas faces do humano: o destino social, o destino histórico, todos os destinos entrelaçados e inseparáveis. Uma das vocações essenciais da educação do futuro será o exame e o estudo da complexidade humana.



4º Saber - Identidade terrena
Saber que a Terra é um pequeno planeta, que precisa ser sustentado a qualquer custo. Idéia da sustentabilidade terra-pátria.
O tesouro da humanidade está na sua diversidade criadora, mas a fonte da sua criatividade está na sua unidade geradora. Com as novas tecnologias o mundo cada vez mais é um todo. Mas de um todo desunificado e desenraizado lado. O crescimento económico de uns gera a miséria noutros: o mundo é um todo, esse todo não respeita nem vê cada um, seja ele Estado ou indivíduo. O desenvolvimento das ciências trazem-nos progresso mas também regressões, ajuda uns e mata outros. Os grandes desenvolvimentos desenvolveram tudo e esqueceram-se de desenvolver o conceito de cidadania terrestre. Mas há esperança, tem que haver esperança. Esperamos com esperança com os vários contributos das contracorrentes que vão aparecendo por reacção às correntes dominantes; - a contracorrente ecológica, que defende a preservação do planeta que é nosso e por isso mesmo não temos o direito de o destruir e simultaneamente de nos destruirmos com ele; a contracorrente qualitativa – que rejeita a filosofia de “ quanto mais melhor “ e defende a de “ quanto melhor melhor “; a contracorrente à vida utilitária, sem cor; a contracorrente ao consumismo desenfreado; a contracorrente da escravatura ao lucro; a contracorrente pacifista que se opõe à solução armada para resolução dos conflitos.

5º Saber - Enfrentar as incertezas
Princípio da incerteza. Ensinar que a ciência deve trabalhar com a ideia de que existem coisas incertas.
Por muito que o progresso se tenha desenvolvido não nos é possível, nem com as melhores tecnologias, prever o futuro. O futuro continua aberto e imprevisível. O futuro chama-se incerteza. Nada é um dado adquirido, completo e simples, tudo se transforma para a melhor e pior maneira, por isso o homem enfrenta um novo desafio, uma nova aventura que é enfrentar as incertezas, e a educação do futuro deve voltar-se para as incertezas ligadas ao conhecimento.



6º Saber - Ensinar a compreensão
A comunicação humana deve ser voltada para a compreensão. Introduzir a compreensão; compreensão entre departamentos de uma escola, entre alunos e professores, etc.
A comunicação no século XXI do planeta é completa, entre faxes, telefone e Internet todos compreendem, mas os progressos para compreender a compreensão são mínimos. Não há nenhuma técnica de comunicação que traga por si mesma a compreensão. Educar para compreender uma dada matéria de uma disciplina é uma coisa, educar para a compreensão humana é outra, esta é a missão espiritual da educação: ensinar a compreensão entre as pessoas como condição garante da solidariedade intelectual e moral da humanidade; humanidade como um todo um todo como pólo individual. Para uma compreensão da humanidade temos que ensinar e aprender com os obstáculos que existem para a compreensão, o egocentrismo e o sociocentrismo, a redução do intelecto humano, a introspecção, o respeito e abertura ao próximo, a tolerância são caminhos que podem afectar positiva e negativamente a compreensão.



7º Saber - Ética do gênero humano
É a antropo-ética: não desejar para os outros, aquilo que não quer para você. A antropo-ética está ancorada em três elementos:


«


»Indivíduo«




»Sociedade«



»Espécie«


»


Na questão prática de aplicar os 7 saberes, a questão fundamental é que o objetivo não é transformá-los em disciplinas, mas sim em diretrizes para ação e para elaboração de propostas e intervenções educacionais.
A concepção complexa do género humano comporta a tríade


indivíduo «-» sociedade «-» espécie,


significa desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertença à espécie humana. No seio desta tríade complexa emerge a consciência, logo, uma ética propriamente humana, ou seja, uma antropo –



ética que supõe a decisão consciente e esclarecida de assumir a humana condição de indivíduo «-» sociedade «-» espécie na complexidade do nosso ser, de realizar a humanidade em nós próprios na nossa consciência pessoal, de assumir o destino humano nas suas antinomias e na sua plenitude, é–nos proposto um desafio;



trabalhar para a humanização da humanidade; efectuar a dupla condição do planeta – obedecer à vida, guiar a vida; realizar a unidade planetária na diversidade; respeitar ao mesmo tempo no próximo, a diferença e a identidade consigo próprio; desenvolver a ética da solidariedade; da compreensão; ensinar a ética do género humano.



A antropo-ética tem assim a esperança na realização da humanidade como consciência e cidadania planetária. Ensinar a democracia – a democracia permite a relação rica e complexa


indivíduo «-» sociedade,


onde os indivíduos e a sociedade se podem e devem entre-ajudar, entre–desenvolver, entre-regular e entre-controlar. A soberania do povo cidadão conte ao mesmo tempo a auto-limitação desta soberania pela obediência às leis e a transferência de soberania para os eleitores. A democracia contém ao mesmo tempo a auto – limitação da empresa do Estado pela separação dos poderes, a garantia dos direitos individuais e a protecção da vida privada. A democracia supõe e alimenta a diversidade dos interesses assim como a diversidade das ideias. O respeito da diversidade significa que a democracia não pode ser identificada com a ditadura das maiorias sobre as minorias. A democracia tem ao mesmo tempo necessidade de conflitos de ideias e de opiniões que lhe dão a vitalidade e a produtividade. Assim, exigindo ao mesmo tempo consenso, diversidade e conflitualidade, a democracia é um sistema complexo de organização e de civilização políticas que alimenta e se alimenta da autonomia do espírito dos indivíduos, da sua liberdade de opinião e de expressão, do seu civismo, que alimenta e se alimenta do ideal do ideal


Liberdade – Igualdade – Fraternidade


que comporta uma conflitualidade criadora entre os seus três termos inseparáveis. As democracias serão cada vez mais confrontadas com um problema, nascido do desenvolvimento das ciências, técnicas e burocracia. Esta enorme máquina não produz apenas conhecimento e elucidação, produz também ignorância e cegueira.



Os desenvolvimentos disciplinares das ciências não só as vantagens da divisão do trabalho, trouxeram também os inconvenientes da super–especialização, do fechamento e do emparcelamento do saber, assim, o cidadão perde o direito ao conhecimento que está acessível só aos peritos de cada uma das áreas.


Referência Bibliográfica


Morin; Edgar (2000). Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro. 8ª Edição - UNESCO. Cortez Editora, edição Brasileira, São Paulo.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Bem- vindo à leitura - Escolha o seu


ATUALIZAÇÃO

Lúcia escreveveu-nos e acrescentou em nossa lista alguns livros que ela gosta muito. São eles:



  • A Cidade e as Serras - Eça de Queirós;




  • As Vinhas da Ira - John Steinbeck;




  • O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder;




  • Livro do Desasossego - Fernando Pessoa;




  • Incidente em Antares - Érico Veríssimo;




  • Rua Principal - Sinclair Lewis.

Obrigada Lúcia !


1. A Divina Comédia -Dante Alighieri

2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare

3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa

4. Dom Casmurro -Machado de Assis

5. Cancioneiro -Fernando Pessoa

6. Romeu e Julieta -William Shakespeare

7. A Cartomante -Machado de Assis

8. Mensagem -Fernando Pessoa

9. A Carteira -Machado de Assis

10. A Megera Domada -William Shakespeare

11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare

12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare

13. O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa

14. Dom Casmurro -Machado de Assis

15.. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa

16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa

17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare

18. A Carta -Pero Vaz de Caminha

19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis

20. Macbeth-William Shakespeare

21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago

22. A Tempestade -William Shakespeare

23. O pastor amoroso -Fernando Pessoa

24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós

25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa

26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha

27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa

28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare

29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde

30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare

31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis

32. A Mão e a Luva -Machado de Assis

33. Arte Poética -Aristóteles

34. Conto de Inverno -William Shakespeare

35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare

36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare

37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões

38. A Metamorfose -Franz Kafka

39. A Cartomante -Machado de Assis

40. Rei Lear-William Shakespeare

41. A Causa Secreta -Machado de Assis

42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa

43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare

44. Júlio César -William Shakespeare

45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente

46. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa

47. Cancioneiro -Fernando Pessoa

48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional

49. A Ela -Machado de Assis

50. O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa

51. Dom Casmurro -Machado de Assis

52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho

53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa

54. Adão e Eva -Machado de Assis

55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo

56. A Chinela Turca -Machado de Assis

57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare

58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca

59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo

60. Iracema -José de Alencar

61. A Mão e a Luva -Machado de Assis

62. Ricardo III -William Shakespeare

63. O Alienista -Machado de Assis

64. Poemas Inconjuntos-Fernando Pessoa

65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne

66. A Carteira -Machado de Assis

67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa

68. Senhora -José de Alencar

69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães

70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis

71. A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca

72. Sonetos -Luís Vaz de Camões

73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos

74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe

75. Iracema -José de Alencar

76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa

77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós

78. O Guarani -José de Alencar

79. A Mulher de Preto -Machado de Assis

80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau

81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio

82. A Pianista -Machado de Assis

83. Poemas em Inglês -Fernando Pessoa

84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis

85. A Herança -Machado de Assis

86. A chave -Machado de Assis

87. Eu -Augusto dos Anjos

88. As Primaveras -Casimiro de Abreu

89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis

90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa

91. Quincas Borba -Machado de Assis

92. A Segunda Vida -Machado de Assis

93. Os Sertões -Euclides da Cunha

94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa

95. O Alienista -Machado de Assis

96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra

97. Medida Por Medida -William Shakespeare

98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare

99. A Alma do Lázaro -José de Alencar

100. A Vida Eterna -Machado de Assis

101. A Causa Secreta -Machado de Assis

102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia

103. Divina Comedia -Dante Alighieri

104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós

105. Coriolano -William Shakespeare

106. Astúcias de Marido -Machado de Assis

107. Senhora -José de Alencar

108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente

109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo

110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis

111. A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo

112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós

113. Obras Seletas -Rui Barbosa

114. A Mão e a Luva -Machado de Assis

115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco

116. Aurora sem Dia -Machado de Assis

117. Édipo-Rei-Sófocles

118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco

119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis

120. O Cortiço -Aluísio de Azevedo

121. Tito Andrônico-William Shakespeare

122. Adão e Eva -Machado de Assis

123. Os Sertões -Euclides da Cunha

124. Esaú e Jacó -Machado de Assis

125. Don Quixote -Miguel de Cervantes

126. Camões -Joaquim Nabuco

127. Antes que Cases -Machado de Assis

128. A melhor das noivas -Machado de Assis

129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca

130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo

131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós

132. Helena -Machado de Assis

133. Contos -José Maria Eça de Queirós

134. A Sereníssima República -Machado de Assis

135. Iliada-Homero

136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco

137. A Brasileira de Prazins-Camilo Castelo Branco

138. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões

139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage

140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa

141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis

142. A Carne -Júlio Ribeiro

143. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós

144. Don Quijote-Miguel de Cervantes

145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne

146. A Semana -Machado de Assis

147. A viúva Sobral -Machado de Assis

148. A Princesa de Babilônia -Voltaire

149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves

150. Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional

151. Papéis Avulsos -Machado de Assis

152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos

153. Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós

154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós

155. Anedota do Cabriolet-Machado de Assis

156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias

157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis

158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho

159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra

160. Almas Agradecidas -Machado de Assis

161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós

162. Contos Fluminenses -Machado de Assis

163. Odisséia -Homero

164. Quincas Borba -Machado de Assis

165. A Mulher de Preto -Machado de Assis

166. Balas de Estalo -Machado de Assis

167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis

168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós

169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis

170. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu

171. CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca

172. Cinco Minutos -José de Alencar

173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida

174. Lucíola -José de Alencar

175. A Parasita Azul -Machado de Assis

176. A Viuvinha -José de Alencar

177. Utopia -Thomas Morus

178. Missa do Galo -Machado de Assis

179. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves

180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero

181. Hamlet -William Shakespeare

182. A Ama-Seca -Artur Azevedo

183. O Espelho -Machado de Assis

184. Helena -Machado de Assis

185. As Academias de Sião -Machado de Assis

186. A Carne -Júlio Ribeiro

187. A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós

188. Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar

189. Antes da Missa -Machado de Assis

190. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio

191. A Carta -Pero Vaz de Caminha

192. LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca

193. A mulher Pálida -Machado de Assis

194. Americanas -Machado de Assis

195. Cândido -Voltaire

196. Viagens de Gulliver-Jonathan Swift

197. El Arte de la Guerra -Sun Tzu

198. Conto de Escola -Machado de Assis

199. Redondilhas -Luís Vaz de Camões

200. Iluminuras -Arthur Rimbaud

201. Schopenhauer-Thomas Mann

202. Carolina -Casimiro de Abreu

203. A esfinge sem segredo -Oscar Wilde

204. Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha

205. Memorial de Aires -Machado de Assis

206. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto

207. A última receita -Machado de Assis

208. 7 Canções -Salomão Rovedo

209. Antologia -Antero de Quental

210. O Alienista -Machado de Assis

211. Outras Poesias -Augusto dos Anjos

212. Alma Inquieta -Olavo Bilac

213. A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães

214. A Semana -Machado de Assis

215. Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto

216. A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo

217. Esaú e Jacó -Machado de Assis

218. Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões

219. História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos

220. A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis

221. Seleção de Obras Poéticas -Gregório de Matos

222. Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto

223. Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente

224. A Condessa Vésper -Aluísio de Azevedo

225. Confissões de uma Viúva -Machado de Assis

226. As Bodas de Luís Duarte -Machado de Assis

227. O LIVRO D'ELE -Florbela Espanca

228. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves

229. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo

230. Lira dos Vinte Anos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo

231. A Orgia dos Duendes -Bernardo Guimarães

232. Kamasutra-Mallanâga Vâtsyâyana

233. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto

234. A Bela Madame Vargas -João do Rio

235. Uma Estação no Inferno -Arthur Rimbaud

236. Cinco Mulheres -Machado de Assis

237. A Confissão de Lúcio -Mário de Sá-Carneiro

238. O Cortiço -Aluísio Azevedo

239. RELIQUIAE-Florbela Espanca

240. Minha formação -Joaquim Nabuco

241. A Conselho do Marido -Artur Azevedo

242. Auto da Alma -Gil Vicente

243. 345 -Artur Azevedo

244. O Dicionário -Machado de Assis

245. Contos Gauchescos -João Simões Lopes Neto

246.. A idéia do Ezequiel Maia -Machado de Assis

247. AMOR COM AMOR SE PAGA -França Júnior

248. Cinco minutos -José de Alencar

249. Lucíola -José de Alencar

250. Aos Vinte Anos -Aluísio de Azevedo

251. A Poesia Interminável -João da Cruz e Sousa

252. A Alegria da Revolução -Ken Knab

253. O Ateneu -Raul Pompéia

254. O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos -Afonso Henriques de Lima Barreto

255. Ayres e Vergueiro -Machado de Assis

256. A Campanha Abolicionista -José Carlos do Patrocínio

257. Noite de Almirante -Machado de Assis

258. O Sertanejo -José de Alencar

259. A Conquista -Coelho Neto

260. Casa Velha -Machado de Assis

261. O Enfermeiro -Machado de Assis

262. O Livro de Cesário Verde -José Joaquim Cesário Verde

263. Casa de Pensão -Aluísio de Azevedo

264. A Luneta Mágica -Joaquim Manuel de Macedo

265. Poemas -Safo

266. A Viuvinha -José de Alencar

267. Coisas que Só Eu Sei -Camilo Castelo Branco

268. Contos para Velhos -Olavo Bilac

269. Ulysses -James Joyce

270. 13 Oktobro 1582 -Luiz Ferreira Portella Filho

271. Cícero -Plutarco

272. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves

273. Confissões de uma Viúva Moça -Machado de Assis

274. As Religiões no Rio -João do Rio

275. Várias Histórias -Machado de Assis

276. A Arrábida-Vania Ribas Ulbricht

277. Bons Dias -Machado de Assis

278. O Elixir da Longa Vida -Honoré de Balzac

279. A Capital Federal -Artur Azevedo

280. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães

281. As Forças Caudinas-Machado de Assis

282. Coração, Cabeça e Estômago -Camilo Castelo Branco

283. Balas de Estalo -Machado de Assis

284. AS VIAGENS -Olavo Bilac

285. Antigonas-Sofócles

286. A Dívida -Artur Azevedo

287. Sermão da Sexagésima -Pe. Antônio Vieira

288. Uns Braços -Machado de Assis

289. Ubirajara -José de Alencar

290. Poética -Aristóteles

291. Bom Crioulo -Adolfo Ferreira Caminha

292. A Cruz Mutilada -Vania Ribas Ulbricht

293. Antes da Rocha Tapéia-Machado de Assis

294. Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo

295. Histórias da Meia-Noite -Machado de Assis

296. Via-Láctea-Olavo Bilac

297. O Mulato -Aluísio de Azevedo

298. O Primo Basílio - José Maria Eça de Queirós

299. Os Escravos -Antônio Frederico de Castro Alves

300. A Pata da Gazela -José de Alencar

301. BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA -Alcântara Machado

302. Vozes d'África -Antônio Frederico de Castro Alves

303.. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida

304. O que é o Casamento? -José de Alencar

305. A Harpa do Crente -Vania Ribas Ulbricht



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Leitura de Férias...como é bom :)

Abstrato - Rosana / Brasil -2007


A palavra

"(...) Sim senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam... Prosterno-me diante delas... Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as... Amo tanto as palavras... As inesperadas... As que avidamente a gente espera, espreita até que de repente caem... Vocábulos amados... Brilham como pedras coloridas, saltam como peixes de prata, são espuma, fio, metal, orvalho... Persigo algumas palavras... São tão belas que quero colocá-las todas em meu poema... Agarro-as no vôo, quando vão zumbindo, e capturo-as, limpo-as, aparo-as, preparo me diante do prato, sinto-as cristalinas, vibrantes, ebúrneas, vegetais, oleosas, como frutas, como algas, como agatas, como azeitonas... E então as revolvo, agito-as, bebo-as, sugo-as, trituro-as, adorno-as, liberto-as... Deixo-as como estalactites em meu poema, como pedacinhos de madeira polida, como carvão, como restos de naufrágio, presentes da onda... Tudo está na palavra... Uma idéia inteira muda porque uma palavra mudou de lugar ou porque outra se sentou como uma rainha dentro de uma frase que não a esperava e que a obedeceu... Têm sombra, transparência, peso, plumas, pêlos, têm tudo o que se lhes foi agregando de tanto vagar pelo rio, de tanto transmigrar de pátria, de tanto ser raízes... São antiquíssimas e recentíssimas. Vivem no féretro escondido e na flor apenas desabrochada... Que bom idioma o meu, que boa língua herdamos dos conquistadores torvos... Estes andavam a passos largos pelas tremendas cordilheiras, pelas Américas encrespadas, buscando batatas, butifarras*, feijõezinhos, tabaco negro, ouro, milho, ovos fritos, com aquele apetite voraz que nunca mais se viu no mundo... Tragavam tudo: religiões, pirâmides, tribos, idolatrias iguais às que eles traziam em suas grandes bolsas... Por onde passavam a terra ficava arrasada... Mas caiam das botas dos bárbaros, das barbas, dos elmos, das ferraduras, como pedrinhas, as palavras, as palavras luminosas que permaneceram aqui resplandecentes... o idioma. Saímos perdendo... Saímos ganhando... Levaram o ouro e nos deixaram o ouro... Levaram tudo e nos deixaram tudo... Deixaram-nos as palavras".

*Butifarra: espécie de chouriço ou lingüiça feita principalmente na Catalunha, Valência e Baleares.

Neruda, Pablo (1978). Confesso que Vivi — Memórias, Difel — Difusão Editorial — Rio de Janeiro, p. 51, traduzido por Olga Savary



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Para as férias...para a vida...para tudo.

Imagem: Vottorino Corcos - 1887 - Sonhos - Itália




Pratica a coragem. Sem medo. Sem te desviares um milímetro que seja de quem és.


Não te acanhes, não te rebaixes, não fiques por nada por dizer.


És mais bravo do que pensas e o teu corpo mais resistente do que imaginas.

Segue. Vai contigo.


Conta com aquilo que tens. Ouve o bichinho que te diz esquerda quando toda a gente vai para direita (esse bichinho és tu. Não o pise).


Pratica a tua intuição, vai mais vezes, erra mais vezes que precisas.


Dorme descansado. Tu não és mais ninguém. Nunca o serás, por mais que te gritem o contrário.


Tu és tu. Ponto.

Por isso, pratica o que tens. Pratica o que só em ti existe e é raro nos outros.


Pratica o desplante, a candura, o despropósito e o magnánime. Pratica o estrambólico, o arrumadinho e o absurdo.


Pratica quem és. Só assim serás inteiro e te manterás original.

Autor: Sumol


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vamos VIAJAR ! Literalmente de férias.






VIAGEM

(Emílio Santiago)


Oh! tristeza me desculpe
Estou de malas prontas
Hoje a poesia
Veio ao meu encontro
Já raiou o dia
Vamos viajar.
Vamos indo de carona
Na garupa leve
Do vento macio
Que vem caminhando
Desde muito longe
Lá do fim do mar.

Vamos visitar a estrela
Da manhã raiada
Que pensei perdida,
Pela madrugada
Mas que vai escondida
Querendo brincar.
Senta nessa nuvem clara,
Minha poesia,
Anda se prepara,
Traz uma cantiga
Vamos espalhando
Música no ar.

Olha quantas aves brancas,
Minha poesia
Dançam nossa valsa,
Pelo céu que o dia
Faz todo bordado
De raio de sol.
Oh! Poesia me ajude,
Vou colher avencas
Lírios, rosas, dálias
Pelos campos verdes
Que você batiza
De jardins do céu.






terça-feira, 10 de maio de 2011

Formação de Leitores para o Ensino da Literatura



Para os espaços pensados e planejados salientando a contemplação de um estudo qualitativo que visa uma qualidade à aprendizagem ao longo da vida, sob a perspectiva da formação de leitores, faz-se necessário associar alguns conceitos educacionais de forma correlacionada para o desenvolvimento e potencial humano, a fim de que esta formação tenha um real significado.


A partir dessa compreensão, é preciso optar por um ensinamento que desperte a imaginação e a criação. Da mesma forma que é preciso, dentro desse despertar, fazer com que o aluno compreenda o mundo e por meio dessa compreensão tenha um resultado para sua vida juntamente ao que aprende e, conseqüente, para os demais.


Logo, para se formar leitor dentro dessa perspectiva qualitativa é preciso compreender os processos educacionais/mentais/subjectivos que cercam essas relações de aprendizagem e que envolvem a Educação e a formação de leitores. Sendo assim, neste caso é valido ponderar que a Literatura, a Educação e a Psicologia se cruzam e acabam por se fundirem para uma compreensão dentro da constituição do sujeito em suas aprendizagens.


Dentro de uma linha imaginada, criada e possível para a Literatura, a Educação e para a Psicologia, é possível dizer que o ensino dessa disciplina tornar-se-ia mais construtivo a partir da ideia de que esse aprendizado deva ser desenvolvido desde muito cedo. Essa ideia encontra guarida se compreendermos que dentro do desenvolvimento mental e social da criança, toda ela pode com o auxílio de outra pessoa, fazer mais do que faria sozinha (Vygotsky, 1988).


Logo, pode-se considerar que toda formação de leitores deva iniciar na idade uterina, passando por todos os estágios educacionais/vida desse indivíduo, sendo construída a sua formação de leitura em um aprendizado já literário e que resultaria em um aprendizado para a longevidade da sua vida enquanto leitor formado e não para um período da sua vida, como é presenciado nas escolas.


Considerando essa metodologia dentro da prática, parece viável que lá na frente dessa linha imaginária, que é denominada formação de leitor literário ao longo da vida, deparemos com o aluno e o hábito da leitura já desenvolvido, haja vista que a leitura é parte integrante da sua formação e que esta se dá, também, pela leitura.

Sendo assim, não se seguiria no equívoco secular de ensinar, por exemplo, Literatura sem ter desenvolvido no aluno o hábito da leitura, tornando o aprendizado da Literatura algo mais familiarizado e “entendível” à medida que fosse acompanhando o seu próprio crescimento e desenvolvimento.


A proposta que se faz presente para a formação de leitores e consequentemente para o ensinamento da disciplina de Literatura visa responder que para investigar em educação dentro dessa perspectiva, é necessário ter em conta uma linha de investigação qualitativa, haja vista a construção dos sujeitos envolvidos nesse processo (Alves e Azevedo, 2010) de ensinar e aprender.


Ainda dentro dessa proposta, Gonçalves ,2010, afirma que:

(...) a necessidade de incorporar uma nova teoria da mudança que permita enfrentar as múltiplas questões e problemas com que se confronta a prática educativa e a reflexão sobre a educação, torna necessários novos paradigmas. Ultrapassar essas barreiras pensar de que forma linguagens, conceitos e discursos diversos podem conjugar-se numa relação de complementaridade e ultrapassar a fractura semântica existente entre ciências e humanidades (...) (GONÇALVES, 2010, p. 42).

Desta forma, investigar a educação dentro de uma visão para a formação de leitores e para o aprendizado da disciplina de Literatura é perceber suas reais funcionalidades que podem ser agregadas a fim de fazer uma fusão ao desenvolvimento e ao aprendizado do indivíduo, e ter um contributo maior dentro do contexto educacional e, consequentemente, social.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Educação em Portugal
Breve Histórico



Do término do final do século XIX ao início do século XX, Portugal desponta para uma busca cultural expressiva, especialmente no que diz respeito às questões direcionadas à educação e à formação dos portugueses.

Partindo da ideia de que a escola era a "ponte" ao desenvolvimento dos cidadãos, avança-se no sentido de desenvolver homens e mulheres mais cultos, conscientes das suas participações, tanto na vida social, bem como terem uma desenvoltura à política do país. Neste linear trava-se uma luta contra o analfabetismo.
A ideia de ter homens cultos, alfabetizados norteava a construção de um novo país que regeneraria a economia e, consequentemente, estruturaria a sociedade no todo. Emergia assim, uma força nos discursos progressistas que alavancavam alusões de um país futurista.

Logo, emerge, também, a preocupação mais centralizada na formação de docentes para o ensino primário, no entanto, a importância de se capacitar os professores foi crescente, culminando em reestruturação também do ensino normal que ocorrera entre 1862 e 1930.

Essa cadeia evolutiva da história da educação não passou despercebida, ao contrário, passou a apresentar-se nos programas educacionais, facilmente observada nos manuais pedagógicos que passaram a ser utilizados nas escolas normais, e foram evoluindo gradativamente até chegar a uma estrutura disciplinar autônoma.

Em 1919, consagra-se a história da educação com a estrutura que desenvolveu, com a criação de duas cadeiras, quais sejam, “Pedagogia Geral e História da Educação” e “História da Instrução Popular em Portugal”, momento em que tal disciplina assumia importância e significância nas escolas de formação de docentes.

Essa fase da história da educação, absolutamente importante gerou um arcabouço documental, uma vez que toda a evolução foi amplamente registrada em manuais de pedagogia e de história da educação que foram desenvolvidos e publicados à época. Esses manuais enveredam os leitores a um mundo de idéias pedagógicas, temas, e histórias de importantes educadores assim como toda a criação e evolução estrutural da formação de professores. Da mesma forma que apresentam a idéia da reflexão evolutiva desenvolvida no ensino normal.

Numa trajetória contínua de ideais progressistas, o ensino da disciplina “história da educação”, exibiu que, a evolução da humanidade se media pela evolução da educação. A figura do professor passou a ser dignificada, não se tratava o mestre como um profissional, mas como um missionário com aspecto republicano e positivista.

Registrando a dimensão nacional da importância da educação e sua história no país, os manuais de “história da Instrução Popular em Portugal” de “Pélico Filho” (1923), deram maior publicidade à história com relação às idéias e desenvolvimento da educação popular, seja na esfera publica ou no âmbito particular.

Os manuais de educação não se resumiam apenas em fatos e idéias, eles registravam todo o processo que envolvia a evolução educacional, desde dispor sobre os utensílios pedagógicos, materializados em objetos fabricados para uso educacional, até documentos múltiplos que serviam de suporte.
Enfim, toda a estrutura criada reflete a realidade que se vivenciava à época dos fatos, evidenciando de forma definitiva as influências históricas da evolução educacional disciplinar, a fim de se perceber o significado da História da Educação, na solidificação do sistema de formação de docentes em Portugal.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Metodologia de Aprendizagem da Literatura e
Funções da Literatura

Sala de Aula - Albert Anker- 1896


O versado da convivência escolar e da metodologia secular de aplicação ao ensinamento da disciplina de Literatura tem-se mostrado primeiramente, incapaz de formar o indivíduo, ou mesmo formar o leitor, bem como resgatar no aluno o prazer da leitura e para, além disso, como fator mais agravante, não apresenta dentro da prática pedagógica do ensino da literatura um número permanente dos leitores já formados.

Quando refletimos a respeito de não termos leitores ou quando nossa reflexão passa para o abandono escolar, sempre nos vem à mente a idéia que estas perdas estão relacionadas ao fato de que a escola não respeita as diversidades culturais existentes dentro dela, da mesma forma que pretende impor seus valores, via suas metodologias de aprendizagens e para além disto e talvez por isto não leve em consideração os estímulos natos trazidos por seus alunos.

O que nos parece notório é que tais práticas exercidas em sala de aula, pelos professores de Literatura, são metodologias que não buscam fazer frente a uma realidade incentivadora a leitura da própria disciplina e por ainda dizer não fazem a ponte entre o conteúdo e a vida do educando, fazendo uma dissociação dos significados da palavra E-DUCAÇÃO.

É com este prisma que se (re) pensa aqui a Educação, o ensino da disciplina de Literatura e formação de leitores.

Em oposição à premissa de que a literatura deve ser encarada somente como meta curricular, delineamos nossa investigação à luz do entendimento que o ensino desta disciplina deve valorizar a formação do individuo e/ou do leitor debruçando-se em tornar tal ensinamento um ato prazeroso de leitura, conduzindo os alunos às competências literárias fundamentais para a sua formação ao longo da vida e, conseqüentemente, melhor resultados escolares.

Dentro desta perspectiva, consideramos a necessidade da prática profissional passar a ser de observação/reflexão, procurando, valorizar as especificidades dos alunos e dos contextos, oferecendo respostas adequadas aos reais interesses e motivações dos alunos.

Para Vygotsky (1966), o desenvolvimento e aprendizagem são um processo que integra corpo, cultura e relações sociais. E se concretiza no meio social, no qual a criança se apropria dos conhecimentos e comportamentos humanos. Nesse sentido, no campo escolar gravita o desenvolvimento potencial, tornando os conhecimentos potencialmente atingíveis pela criança.

Freire teorizou que o ensino e aprendizagem são um ato de formação e de transformação das pessoas, no qual “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender" (Freire,1998, p.25).

Sustentado nos quatro pilares de educação, esta ideia de “re-aprender a conhecer, a fazer; conviver e ser ”, defendidos pela UNESCO e originalmente apresentado por Freire, caracteriza-se pela urgência de uma escola de trabalho e de estudo, plástica e dinâmica. E que, faça com que se aprenda, sobretudo, a aprender (Freire, 1959).

Esta ideia de aprender a aprender habita no âmago da literacia, uma vez que esta passa a ser compreendida como ferramenta à aderência do sujeito ao mundo que o rodeia, seja pela alfabetização (ler e escrever) ou pela nova alfabetização (capacidade de perceber, interpretar e codificar o que é lido) (Benavente, 1996).

Falar em literacia da leitura, consiste em perceber e analisar o conjunto de competências que se vão formando ao longo do tempo, por meio de experiências literárias que habitam o espaço da criança fora da escola (Benavente, 1996).

Ao considerarmos toda a literatura que vive “à margem” da escola e ao caracterizarmos esta como “Literatura Marginal” ao uso pedagógico, ressaltamos que o ensino-aprendizagem deva ponderar as leituras utilizadas por eles, a fim de se chegar às leituras exigidas na disciplina de Literatura. Tal ideia, pondera o aluno como um todo e não apenas como parte passiva da escola.

Cumpre-se assim, a primeira subfunção da literatura denominada humanizadora (Cândido,1972), pois está voltada para a ação psicológica da necessidade nata que o ser humano tem em fantasiar com o quotidiano; e é por essas práticas de leituras e (re)leituras “marginais” que se pode construir um entendimento do mundo, permitindo a concretização dos objectivos. Sendo assim, encontra-se aqui a segunda subfunção da literatura (Op.cit), denominada formadora, justamente por fazer a fusão da necessidade do indivíduo em fantasiar com a realidade.


Logo, pensar que o Ensino da Literatura, do conteúdo propriamente dito, é meramente uma parte curricular que visa atender a uma demanda de mercado, é contradizer a sua própria criação.