segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Imigrantes e Inclusão Social
Projeto Livro Aberto




Oficina de Alfabetização Infantil:

Objetivos:

Proporcionar à criança o primeiro contado com as letras;
inserir a criança no mundo escolar;
com brincadeiras correspondentes à idade fazer iniciação nas primeiras leituras e escrituras.

Público Alvo:
Toda criança, entre 3 e 5 anos, que não tem uma vida ativa escolar.


Oficina de Orientação Educacional:

Objetivos:

Busca, mostrar a importância do conhecimento para seleção de uma vaga de emprego ou mesmo o crescimento dentro da empresa, na qual o indivíduo trabalha;
orientar, ensinar e ajudar o aluno na escolha da profissão que quer seguir ou aperfeiçoar esta escolha;
percorrer todos os cursos universitários, com projeção dentro do mercado de trabalho;
via testes educacionais, ver a aptidão de cada aluno e fazer o encaminhamento educacional.

Público Alvo:
Todo indivíduo adulto que quer entrar para a universidade, com escolaridade secundária terminada ou em andamento.


Oficina de “Alfabetização” Adulta:

Objetivos:

Relembrar os conteúdos básicos escolares, sejam eles secundários ou iniciais;
criar situações de desenvolvimentos dos conteúdos aprendidos nas escolas;
dar ao aluno o reingresso na vida escolar por meio da memorização;

Público Alvo:
Todo indivíduo que quer relembrar os conteúdos escolares e quer seguir uma vida acadêmica.

Curso de Liderança:

Na vida estudantil ou dentro das atividades profissionais todos precisam aperfeiçoar sua capacidade de expressão.
A boa apresentação, o bom atendimento, a postura certa, a dinâmica de leitura e de interpretação de textos fazem do profissional um ser diferenciado, independente de seu ramo.
O domínio destas técnicas é a ferramenta determinante para:

· Vender e comprar;
· Prestar serviços;
· Conseguir emprego;
· Falar em público;
· Preparar um trabalho escolar;
· Educar;
· Apresentar um orçamento;
· Redigir um contrato;
· Escrever um relatório;
· Impressionar e, principalmente, ser um líder diante o mercado globalizado, no qual vivemos.

Objetivo Geral

Orientar o aluno para a importância da oratória no futuro pessoal e, conseqüentemente, no profissional, bem como oferecer métodos auxiliares para o desenvolvimento do poder da linguagem no indivíduo.


Objetivo Específico

· Laborar a mudança pessoal;
· Desenvolver a auto-estima;
· Incentivar a conversação;
· Promover o aprendizado a partir da vivência prática;
· Habilitar para o mercado de trabalho.



Estudos Paralelos:


· Oficina de Iniciação em Leituras;
· Gramática do Brasil e Gramática de Portugal;
· Oficina de Leitura;
· Oficina de Intertextualidade ( A gramática por meio de textos);
· Oficina volta às aulas;
· Oficinas das Obras Literárias;
· Oficina de Literatura Infantil

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

REAPN - Uma Atitude Louvável


A REAPN é uma Ong e com sede em Bruxelas que tem sua representação em cada estado membro da União Européia.
Atuante no Estado Português desde 1991, a Rede Européia Anti Pobreza (REAPN) surge com a preocupação da Comissão Europeia (Direção Geral dos Assuntos Sociais) perante o aumento dos fenómenos da pobreza e da exclusão social na Europa. "Em 1985 viviam nos doze países da Comunidade cerca de 44 milhões de pessoas abaixo do nível considerado como limiar da pobreza, número que em 1990 passou para 53 milhões” (Relatório da Comissão).
Entre os muitos objetivos que a REAPN possui, encontram-se os norteadores deste projeto de inclusão social:

“Promover acções que aumentem a eficácia dos programas de luta contra a pobreza e a exclusão social e incentivar acções inovadoras neste campo;
Estabelecer/dinamizar uma interacção (rede) entre as instituições, grupos e pessoas que trabalham no terreno da luta contra a pobreza e a exclusão social;
Colaborar na concepção/definição de programas de acção e políticas sociais;
Garantir a função de "grupo de pressão" para os menos favorecidos;
Promover junto das pessoas ou grupos que se encontram em situação de pobreza/exclusão, por um lado, e junto dos agentes de intervenção (profissionais, trabalhadores sociais, dirigentes de instituições particulares de solidariedade social), por outro, a integração social e a organização de serviços e outras actividades que visem principalmente o desenvolvimento cultural, económico, moral e físico das pessoas que se encontram em situação de pobreza/exclusão”.

Uma atitude no mínimo louvável que também chega dentro das salas de aula, diante da percepção sensível de considerar que o estudante, seja ele português ou não, também está grafado dentro do quadro da exclusão social. E uma forma de combater esta exclusão, em sala de aula, está em um projeto elaborado por eles que é um guião a toda comunidade educativa.
Entendo também que este grandioso projeto deveria ser lido, entendido e executado por todos os continentes de forma adaptada cada um às suas necessidades, afinal a idéia é de grande serventia humanitária.
Dentro do projeto, Guião para os Professores, não somente encontramos conceitos e definições do tipo: pobreza, exclusão social, bem como se trabalhar em sala de aula com estes conceitos e percepções para tentar amenizar e combater a exclusão social.
Vou disponibilizar o site da REAPN, com o pdf, que está para todos terem acesso e no mínimo seguirem esta atitude tão grande e de inclusão social.
http://www.reapn.org/publicacoes_visualizar.php?ID=150

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ler e Prazer


Comentou, certa vez, Rubem Alves que somente deveria de ler quem está possuído pelo texto que lê:

“(…)Todo texto literário é uma partitura musical. As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele domina a técnica, se ele surfa sobre as palavras, se ele está possuído pelo texto – a beleza acontece. E o texto se apossa do corpo de quem ouve. Mas se aquele que lê não domina a técnica, se ele luta com as palavras, se ele não desliza sobre elas – a leitura não produz prazer: queremos que ela termine logo. Assim, quem ensina a ler, isto é, aquele que lê para que seus alunos tenham prazer no texto, tem de ser um artista. Só deveria ler aquele que está possuído pelo texto que lê (...)”. (Correio Popular, Caderno C, São Paulo, 19/07/2001).

Em outro artigo que publiquei, comentei que a leitura é um ato divino e que este ato de encontro entre o leitor e o texto precisa ser um ato prazeroso. É como se dois amigos se encontrassem para falar dos fatos da vida compostos por diversas características que cada um traz consigo.
Disse, muitas vezes, aos meus alunos que ler era também igual a beijar, nem sempre beijamos bem, mas nem por isso deixamos de beijar, estamos sempre tentando melhorar o nosso beijo. E entre muitos beijos, encontramos os melhores beijos.
Este encontro mágico que a leitura propicia deve ser praticado; é no hábito da leitura que aperfeiçoamos nossa própria leitura e aumentamos nossos conhecimentos sobre nós e os demais.
Nunca fui a favor da indicação de livros, porque imagino que indicar um livro para alguém é preciso, antes de tudo, conhecer bem este alguém para perceber que melhor leitura lhe convém ou que pensamos que lhe convém. Todavia, as diversas leituras fazem parte da vida de todos, e, se tivermos o hábito de ler, mesmo que o livro naquele momento não diga nada, ainda assim, devemos permanecer com esta prática .
Quero disponibilizar uma lista com alguns livros que penso que você poderia pensar em ler e começar a praticar ou dar seguimento as suas leituras. São eles:



Ilíada, Homero
Odisséia, Homero
Hamlet, William Shakespeare
Dom Quixote, Miguel de Cervantes
A Divina Comédia, Dante Alighieri
Ulysses, James Joyce
Guerra e Paz, Leon Tolstoi
Crime e Castigo, Dostoiévski
Édipo Rei, Sófocles
Otelo, William Shakespeare
Fausto, Goethe
O Processo, Franz Kafka
Som e a Fúria, William Faulkner
A Terra Desolada, T.S. Eliot
O Vermelho e o Negro, Stendhal
Os Miseráveis, Victor Hugo
O Estrangeiro, Albert Camus
A Eneida, Virgilio
Noite de Reis, William Shakespeare
Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe
A Comédia Humana, Balzac
Grandes Esperanças, Charles Dickens
As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift
Finnegans Wake, James Joyce
Os Lusíadas, Luís de Camões
1984, George Orwell
Tartufo, Molière
Mensagem, Fernando Pessoa
Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
A Náusea, Jean-Paul Sartre
Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez
A Ilustre Casa de Ramires, Eça de Queirós
O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger
Contos de Agatha Cristhe
Orgulho e Preconceito, Jane Austen
O Caçador de Pipas, Khaled Hosseini
O Senhor Valéry, Gonçalo Tavares
S/Z, Roland Barthes
Todos os livros de José Saramago
Todos os livros de Mia Couto
Todos os livros de Miguel Torga

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O Alienista, Machado de Assis (sugestão de Helena Frenzel)

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Obs.: Não esqueça: Esta é uma indicação pessoal, que contém alguns livros e por isso nunca deixe de ler aquilo que você gosta de ler. Aliás, mande um e-mail para nós, com seus livros preferidos, que vamos aumentando nossa lista.
Boa leitura !

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

(Re) Pensar a Educação

Se pegarmos os verbos, perceberemos que todos nos levam a uma ação, da mesma forma que alguns da primeira conjugação remetem-nos para a idéia de realizações como: educar, ensinar, caminhar, sonhar. Mas ensinar, sonhar o quê? educar, caminhar para onde? Talvez, as locuções adverbiais de lugar, tempo e modo nos digam para onde, como e quando. Métodos de um aprender cercado de explicações científicas, mas que esquecem o significado dos valores simples da vida.
À lembrança da explicação gramatical somada à outra lembrança, desta vez socrática, leva-nos a refletir sobre o ato de ensinar. Educação vem do latim educare e educere, o primeiro conduz o indivíduo de um ponto ao outro; o segundo tira para fora as habilidades desses indivíduos. Logo, E-ducação é o ato de inserir o sujeito ao mundo com suas habilidades, conceito este explicado tão bem na maiêutica de Sócrates e retratado por Platão no diálogo de Mênon.
Quiçá, o entendimento à complexidade da Educação esteja na simplicidade do verbo amar. Mas falar de amor, atualmente, parece algo fora de qualquer contexto, quando tal fato é mencionado as pessoas se olham, se “cutucam”, comentam, como se isto fosse um fato distante e fora da inerência natural do homem.
A Pedagogia do Amor é tão complexa que somente pode ser descrita e entendida na simplicidade do próprio ato de ensinar de forma apaixonada. Paulo Freire dizia que os olhos dos professores apaixonados brilham quando diante de uma explicação percebem, no sorriso do aluno, que ele entendeu o que o próprio professor não esperava explicar e que escola é gente, o diretor é gente, o professor é gente, o aluno é gente, a faxineira é gente, somos gente é nada mais natural que amar a toda a gente. A educação somente fará sentido se a docência respeitar ao discente, tornando o ato de educar, um ato decente.
Os valores sociais mudaram e com isto nossa forma de educar e encaminhar parecem ter tomado o rumo complicado da vida.
Chegamos a um ponto que o verbo E-DUCAR virou um verbo de consumo, mas não consumo de trocas de saberes, de encaminhamentos e sim mercantilista.
A atual funcionabilidade do sistema educacional tornou-se um problema para a formação do indivíduo, na qual o ensino emergente e profissionalizante busca atender o mercado de trabalho, com objetivos imediatos e robotizados, fazendo com que homens esqueçam os valores fundamentais para sua vivência.
Em outro momento, poderíamos pensar que a demanda mercantilista de alunos-profissionais está atendendo suas próprias necessidades, mas até que ponto uma determinada profissão dá liberdade ao homem, em que eixo está a ligação da profissão que cada um adota e o que cada um, realmente, é?. E de que liberdade estamos falando? Será que a liberdade profissionalizante faz parte da autonomia de cada um ou ainda, será que esta autonomia é um fragmento das necessidades sociais consumistas e que retrata a falta de preparo para a vida, ou será que o encaminhamento para a vida não é ponto de reflexão dentro da educação?
Por vezes chegamos a pensar que estamos refletindo sozinhos e que esta solidão de pensamento faz com que cada vez nos sintamos mais fora do sistema. Todavia, não para abandonar as nossas certezas estruturadas em nossos valores, mas para acreditar cada dia mais que devemos ficar atentos às reais necessidades e às emergências que a vida apresenta.
Conforme Beck , estamos situados em uma era de (des) construção, uma era muito pobre, onde só há lugar para uma filosofia consumista, e a tal ameaçadora uniformidade de pensamento e ações tomou conta. A idéia desenfreada da oferta capitalista do século XIX parece (re) surgir com força total e novidades parecem correr o tempo, contrapondo-se ao percurso natural dos fatos. Todavia, Edgar Morin adverte-nos que nossa missão não é mais de ganhar o mundo, mas civilizá-lo. (MORIN, 2005: 05).