terça-feira, 10 de maio de 2011

Formação de Leitores para o Ensino da Literatura



Para os espaços pensados e planejados salientando a contemplação de um estudo qualitativo que visa uma qualidade à aprendizagem ao longo da vida, sob a perspectiva da formação de leitores, faz-se necessário associar alguns conceitos educacionais de forma correlacionada para o desenvolvimento e potencial humano, a fim de que esta formação tenha um real significado.


A partir dessa compreensão, é preciso optar por um ensinamento que desperte a imaginação e a criação. Da mesma forma que é preciso, dentro desse despertar, fazer com que o aluno compreenda o mundo e por meio dessa compreensão tenha um resultado para sua vida juntamente ao que aprende e, conseqüente, para os demais.


Logo, para se formar leitor dentro dessa perspectiva qualitativa é preciso compreender os processos educacionais/mentais/subjectivos que cercam essas relações de aprendizagem e que envolvem a Educação e a formação de leitores. Sendo assim, neste caso é valido ponderar que a Literatura, a Educação e a Psicologia se cruzam e acabam por se fundirem para uma compreensão dentro da constituição do sujeito em suas aprendizagens.


Dentro de uma linha imaginada, criada e possível para a Literatura, a Educação e para a Psicologia, é possível dizer que o ensino dessa disciplina tornar-se-ia mais construtivo a partir da ideia de que esse aprendizado deva ser desenvolvido desde muito cedo. Essa ideia encontra guarida se compreendermos que dentro do desenvolvimento mental e social da criança, toda ela pode com o auxílio de outra pessoa, fazer mais do que faria sozinha (Vygotsky, 1988).


Logo, pode-se considerar que toda formação de leitores deva iniciar na idade uterina, passando por todos os estágios educacionais/vida desse indivíduo, sendo construída a sua formação de leitura em um aprendizado já literário e que resultaria em um aprendizado para a longevidade da sua vida enquanto leitor formado e não para um período da sua vida, como é presenciado nas escolas.


Considerando essa metodologia dentro da prática, parece viável que lá na frente dessa linha imaginária, que é denominada formação de leitor literário ao longo da vida, deparemos com o aluno e o hábito da leitura já desenvolvido, haja vista que a leitura é parte integrante da sua formação e que esta se dá, também, pela leitura.

Sendo assim, não se seguiria no equívoco secular de ensinar, por exemplo, Literatura sem ter desenvolvido no aluno o hábito da leitura, tornando o aprendizado da Literatura algo mais familiarizado e “entendível” à medida que fosse acompanhando o seu próprio crescimento e desenvolvimento.


A proposta que se faz presente para a formação de leitores e consequentemente para o ensinamento da disciplina de Literatura visa responder que para investigar em educação dentro dessa perspectiva, é necessário ter em conta uma linha de investigação qualitativa, haja vista a construção dos sujeitos envolvidos nesse processo (Alves e Azevedo, 2010) de ensinar e aprender.


Ainda dentro dessa proposta, Gonçalves ,2010, afirma que:

(...) a necessidade de incorporar uma nova teoria da mudança que permita enfrentar as múltiplas questões e problemas com que se confronta a prática educativa e a reflexão sobre a educação, torna necessários novos paradigmas. Ultrapassar essas barreiras pensar de que forma linguagens, conceitos e discursos diversos podem conjugar-se numa relação de complementaridade e ultrapassar a fractura semântica existente entre ciências e humanidades (...) (GONÇALVES, 2010, p. 42).

Desta forma, investigar a educação dentro de uma visão para a formação de leitores e para o aprendizado da disciplina de Literatura é perceber suas reais funcionalidades que podem ser agregadas a fim de fazer uma fusão ao desenvolvimento e ao aprendizado do indivíduo, e ter um contributo maior dentro do contexto educacional e, consequentemente, social.

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