segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Magalhães e a Educação



O primeiro portátil português desenhado para crianças dos 6 aos 11 anos, será gratuito para os alunos inscritos no primeiro escalão da acção social escolar e custará 20 euros para as crianças do segundo escalão. Os restantes alunos pagarão 50 euros, é o que informa o Jornal de Notícias, da edição de cinco de outubro de 2009, Lisboa.
Segundo Don Tapscott, autor de mais de treze livros sobre tecnologia nas empresas e na sociedade, incluindo “Wikinomics” e o mais recente “Grown Up Digital”, em carta a Barack Obama diz que “Portugal está a se transformar em um lider mundial no repensar do ensino no século XXI”.
Para quem ainda não sabe, o Magalhães é um computador portátil que permite o acesso à Internet, tem uma autonomia de seis horas e é resistente ao choque e aos líquidos. Tem dois sistemas operativos diferentes - Microsoft Windows e Linux -, que incluem vários programas educativos e mecanismos de segurança, permitindo o controle por parte dos pais e encarregados de educação.
Bem sabemos de suas falhas de fabricação, bem como a demora de sua entrega nas escolas portuguesas, mas isso não tira o mérito da iniciativa do governo português que é no mínimo admirável e louvável. Sem contar que a partir de outubro o governo promete ainda portáteis Magalhães com 'software' adaptado a crianças com necessidades educativas especiais. Em números gerais, isso significa que quase nove em cada dez alunos dos primeiros quatro anos de escolaridade têm um portátil nas suas carteiras, fato este que deve se extender às universidades também.
Impressionante essa iniciativa que bem sabemos tem seus problemas, traz seus primeiros ajustes e que carrega consigo alguns comentários do tipo: “o que uma criança que nem sabe ler e escrever vai fazer com um portátil em sala de aula?” Ora pois, diria que em resposta a este questionamento, o aluno vai entre muitas coisas, assimilar o conteúdo de forma lúdica, de forma que venha ao encontro de seus interesses, bem como tornar-se mais questionador e consequentemente mais pesquisador.
O grande lance do Magalhães para educação, além de colocar milhares de crianças em contato com algo nunca visto, porque em 2005 apenas trinta e um por cento dos lares portugueses tinham acesso à internet, é criar uma ferramenta para o aprendizado e nada melhor do que uma criação que esteja atualizada, falando a linguagem do aluno, aproximando suas expectativas com suas práticas. E como se não bastasse o Plano Tecnológico da Educação além de garantir ligações rápidas, redes locais, equipamentos adequados nas escolas, vai investir pesado na formação de professores em TIC.
De parabéns está o governo português que está de olho na melhoria para educação, buscando uma forma de ligar cada vez mais o aprendiz e o conteúdo.
Penso, inclusive, que é muito melhor do que as Olím PIADAS de 2016 !

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